segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Tens tempo????

Nesse teu tempo, tu delicias-te entre os lençóis… sonhas… vives momentos que não viveste…
Eu?!? Dentre a ansiedade por um cigarro, dentre do sonho pelo futuro… sacio-me com a ausência… recordação do passado… tempos curtos, em guerra com o tempo, que distam pela saudade… díspar como os ponteiros do relógio…
Tempos breves, mas eternos…
Tempos simples, mas únicos…
Tempos passados… ou futuros!
Tempos… porque o tempo dá-me tempo para ditar uma história sem tempo.
Porque o tempo não apaga o tempo…
O tempo…
Tempo de um toque… de um abraço… de um beijo…
Um toque, um beijo, um abraço… que para ti dura o tempo de um sonho;
Que para mim demorou uma vida.
Que para os outros não parece tempo.
Que para nós, será eterno…..

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Mil Caras Para Um Anonimato

Sabes o que mais me chateia?! É esconderes-te por de trás de tantos rostos… por d’entre mil características, por meio de muitos defeitos…. Como um marginal nos becos de Alfama.

Sabes o que me irrita? É Sorrires aqui e além…quando bem te apetece, quando te dá na real gana… Como a sorte em Las Vegas…

Sabes o que mais me confunde? É saber que te conheço em mil pessoas e nunca ter tido o prazer de privar contigo numa só… Como privam os importantes, no Pentágono…

Sabes o que mais magoa? É precisar de ti e tu nunca estares quando quero chorar… quando quero sorrir, quando tenho a coragem de ser eu mesma, quando acredito que és tu e me dou, e dou tudo de mim… Como sofrem os loucos em manicómios na Rússia…

Sabes o que mais me desilude? É a tua mania de me iludires… Como o hermetismo do Antigo Egipto…

Sabes o que me aflige? É nunca apareceres sem me ferires… Como as desesperantes minas Vietnamitas…

Sabes o que me consome? É a dúvida… de te ter encontrado e de te ter perdido, ou de nunca te vir a encontrar, ou de mais uma vez me enganar... como uma máscara no Carnaval de Veneza…

Sabes o que me sossega? É ter tempo para saber o que fazer quando tu apareceres… Como calmos são os templos do Tibete…

Sabes o que me dá esperança? É saber que mesmo que tu nunca chegues, acredito em ti e é por isso que cá continuo, paciente, saudosa e terrivelmente apaixonada por ti… Como a china… muitos de nós ainda não fomos lá… mas todos acreditamos na sua existência…

Sabes o que me apaixona? Saber que se tu não existisses, mesmo brincando ao esconde - esconde, mesmo estonteando-me neste jogo da cabra cega, nada teria sentido… como a lógica de tudo: da fauna, da flora, das guerras, das culturas, das sociedades, dos climas, da disposição dos planetas, da imensidão das galáxias…

Sabes que te procuro em todo o lado? Sabes ou não Sabes?

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Diálogos constantes de um quotidiano minado por uma sobriedade quase demente…

- Anda cá!
- Não vou!
- Então não venhas!
- Porquê?
- Porque não queres vir e eu não me importo!
- Olha… Chega aqui!
- Está bem!
- Espera!!!! Fica onde estás…
- Tudo bem…
- Porquê?
- Porquê tantos porquês?
- Porque não sei…
- Mas eu sei!
- Sabes????
- Sei!
- Não sei se quero saber o que tu sabes!
- Mas eu digo-te na mesma!
- Não quero ouvir!
- Pronto, fica sem saber!
- Diz lá…
- Tu pertences-me enquanto eu tiver a consciencia da tua existência...Eu pertenço-te, enquanto não te quiser!
- Tu não me queres?
- Quero…
- Não queiras!
- Conversa de Malucos!
- Eu sou louco…

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

POST-IT na porta da tua casa

A cumplicidade não se fala, não se grita, não se impõe, não se destaca. Vê-se no ar e ouve-se no silêncio!