sábado, 28 de fevereiro de 2009

baú!!!

está cheio de tralha, um pouco húmido até, cheira a húmido e a pó, faz mal às folhas que pousam ali senhor doutor, que dançam avulsas pelo pó e pelo tempo. Senhor doutor, o meu baú é assim, que tenho eu...

Tinha eu 6 ou 7 anos, algures nas férias do carnaval ou da páscoa, o trabalho de casa era fazer uma história... eu percebi, uma história. Meti castelos velhos e abandonados, um grupo de jovens e um cão, meti sustos e corridas e suspense e um final feliz. Perdi a conta das páginas que escrevi, com aquela letra da primária que já nem me lembro como era. Perdi o rasto do caderno também, infelizmente. Claro que ninguém acreditou que aquilo tinha sido escrito por mim, na altura não me importei. Hoje até digo que foi um elogio dos valentes. Pensando agora senhor doutor, até dá vontade de procurar a professora, e perguntar se sempre tive um 0 com aquele trabalho... fosse eu um filme e fazia isso sabe. Descobrir histórias de mim que o tempo cobriu, será que ela se lembraria? Lembrei-me agora, nunca aprendi a fazer contas de dividir com mais de dois dígitos, nunca percebi a lógica de quantos 4 cabiam num 7, e o resto para onde iria, e as escadinhas de números, como apareciam...

Perdi o rasto do meu caderno senhor doutor, não o vejo no baú!!!